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Criação de Si como Obra de Arte - Indicação

  • Foto do escritor: Jaime Silva
    Jaime Silva
  • 6 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura
“Escolha ética é o bom ou mau uso daquilo que me acontece”.


Existe um autor autônomo chamado Luiz Fuganti. Ele tem uma formação em arquitetura para quem se preocupa com essas coisas. Contudo ele faz uma ótima leitura e interpretação de alguns filósofos como Nietzsche, Espinosa, Deleuze e demais. O mais interessante é que ele consegue de alguma forma “digerir” essas filosofias que estão interligadas e aplicar na vida. Consegue também falar como faz isso para as outras pessoas. Um trabalho interessantíssimo de fazer com que a filosofia seja uma parte de seu corpo muito diferente da filosofia acadêmica. Uma filosofia livre (se é que é possível chamar de filosofia algo que seja preso). Segue algumas notas, citações e comentários do vídeo (aqui).

“Quanto mais eu penso mais posso pensar, quanto mais crio a capacidade de pensar, mais eu penso; e assim por diante”.

Ele começa falando que a vida intensa implica uma atividade. A atividade é a efetivação da potência e dos instintos que nos atravessam de forma que essa atividade crie um excedente de força (força que gera mais força). O modo de viver é afirmação, sem isso a vida seria negada (para dizer o mínimo). Ele fala do circulo virtuoso de Espinosa: “Quanto mais eu penso mais posso pensar, quanto mais crio a capacidade de pensar, mais eu penso; e assim por diante”.

Mostra um conceito de escolha ética: “Escolha ética é o bom ou mau uso daquilo que me acontece”.Se algo de ruim que não sai da sua cabeça é uma indigestão, pois não é nem isolada nem expulsa, mas que domina e adoece o corpo. Por isso Nietzsche chama os fracos de doentes. Este é um termo muito bem explicado que Nietzsche usa muito. Bem como ressentimento que seria quando você sente e sente novamente algo que aconteceu. Toma o acontecido para dentro de si e fica revivendo esse acontecido até cristalizar e eternizar no ser. A memoria ressentida ocupa nossa superfície de acontecimentos. O ser ressentido fica, moralmente, atolado e incapaz de viver o devir e olha e cria o ideal que o libertará. Como ele diz: vive esperando o momento que nunca chega.

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Âncora 2

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